Partindo das gravações sonoras que constituem o Arquivo Sonoro do Centro Histórico de Coimbra e de novas gravações entretanto realizadas, pretendeu-se criar uma instalação sonora interativa, tendo por base uma máquina de escrever que, para além de escrever possibilitou a emissão de sons.
Num mundo caracterizado pela cultura de consumo, pela banalização dos objetos tecnológicos, pareceu-nos interessante colocar em destaque e valorizar um equipamento tradicional icónico que faz parte do Património Histórico da evolução da comunicação e
da relação entre pessoas e destas com a arte – a máquina de escrever.
Com esta instalação foi possível ao público construir uma sinfonia, misturando sons e/ou selecionando os sons que pretendeu ouvir dactilografando letras, formando palavras e sonoridades diferentes. Neste conceito de histórias sonoras demos primazia à relação que se estabeleceu entre letras, palavras e o fluir de sons; palavras e sons uniram-se de forma interativa numa dimensão que possibilitou ao público ter um papel ativo e construtivo da narrativa sonora que emergiu.

Instalação patente no Dar a Ouvir: Paisagens Sonoras da Cidade 2022 – Convento São Francisco Coimbra

Ficha Artística
Programação e instalação interativa – João Lourenço
Gravação Sonora de Campo/Composição – Luís Antero